Aquaplanagem: surfando com o carro
Quando ela ocorre, o carro perde contato com o solo, "sobe" na água e se transforma em prancha de surfe

A hidroplanagem ocorre a partir do momento em que os sulcos dos pneus não conseguem mais drenar a água. Em vez de ir para as laterais, ela sobe e pode até atingir o para-brisa: além de perder a direção, o motorista fica completamente sem visão
Nem era uma curva muito fechada, e o velocímetro marcava apenas 60 km/h. Mas, de repente, o Astra passou sobre uma lâmina de água e tudo mudou. A água, que deveria escoar para as laterais, subiu e acertou em cheio o para-brisa. Com isso, encobriu completamente a visão do motorista, enquanto o carro perdia a trajetória da curva e seguia pela tangente. Só não atingiu nenhum automóvel em sentido contrário porque toda a ação foi feita em uma pista fechada, para simular condição de aquaplanagem.
Muito comum em épocas de chuvas fortes (como agora), a aquaplanagem (ou hidroplanagem) é um fenômeno que ocorre quando há acúmulo de água no piso. Nesse caso, dependendo da velocidade, os pneus "sobem" na camada de água, perdem contato com o solo e o automóvel fica literalmente à deriva. E aí o risco de acidente torna-se alto.
Muito comum em épocas de chuvas fortes (como agora), a aquaplanagem (ou hidroplanagem) é um fenômeno que ocorre quando há acúmulo de água no piso. Nesse caso, dependendo da velocidade, os pneus "sobem" na camada de água, perdem contato com o solo e o automóvel fica literalmente à deriva. E aí o risco de acidente torna-se alto.

A roda dianteira parada e o carro em movimento indica que o veículo já está surfando sobre a pista (dir.); Na hidroplanagem em reta, o carro mantém a trajetória mesmo que o motorista mexa no volante.
"Todo carro de passeio está sujeito à aquaplanagem", diz Mário Pinheiro, engenheiro responsável pela pista de testes da Bridgestone, em São Pedro, interior de São Paulo. O que pode variar é quando o veículo vai hidroplanar, e basicamente o que define isso é a condição dos pneus. Para chegar à resposta, fizemos uma simulação na pista da empresa, com pneus novos, "meia-vida" e no fim da vida. Nem chegamos a utilizar pneus completamente "carecas", porque o risco de aquaplanagem ocorre muito antes disso. Alternando os três jogos de pneus entre os eixos dianteiro e traseiro de um Astra (a escolha foi aleatória), é como se tivéssemos conduzindo carros diferentes. O momento exato em que o carro começa a perder aderência está reproduzido no gráfico da página 111, que mostra a velocidade e o ponto em que o automóvel perdeu aceleração lateral. Para as medições, utilizamos aparelhagem da marca inglesa Racelogic, e contamos com o auxílio do piloto Cesar Busato, do campo de provas da Bridgestone.

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